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Economia

- Publicada em 26 de Outubro de 2015 às 17:44

Nível de atividade da construção cai ainda mais em setembro, mostra sondagem da CNI

Melhora na utilização da capacidade operacional reduziu o ritmo de demissões no setor

Melhora na utilização da capacidade operacional reduziu o ritmo de demissões no setor


ANTONIO PAZ/JC
As condições da indústria da construção continuam a se deteriorar, de acordo com sondagem do setor divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores abaixo de 50 pontos significam redução na produção, a queda no nível de atividade da construção no País ficou mais acentuada, passando de 36,2 pontos em agosto para 35,9 pontos em setembro.
As condições da indústria da construção continuam a se deteriorar, de acordo com sondagem do setor divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores abaixo de 50 pontos significam redução na produção, a queda no nível de atividade da construção no País ficou mais acentuada, passando de 36,2 pontos em agosto para 35,9 pontos em setembro.
Com isso, o ritmo do setor continua bem abaixo do usual para esse período do ano. Em agosto, o indicador no qual 50 pontos significam a média de produção para esse mês registrou 27,2 pontos. Em setembro, essa correlação caiu para 27,1 pontos.
Por outro lado, a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) da indústria da construção melhorou ligeiramente no mês passado, passando de 58% para 59%. Ainda assim, o índice está bem inferior ao apurado em setembro do ano passado, quando a UCO no setor era de 67%. Com o indicador de Utilização da Capacidade Operacional ligeiramente melhor, o ritmo de demissões diminuiu. E uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos significam redução nos postos de trabalho do setor, o indicador passou de 34,7 pontos em agosto para 35,2 pontos em setembro. No mesmo mês do ano passado, o índice estava em 43,1 pontos.
Levando em consideração o terceiro trimestre do ano - julho a setembro - a insatisfação do empresariado do setor com a margem de lucro operacional das companhias piorou em relação ao trimestre anterior, passando de 32,7 pontos para 31,9 pontos. Da mesma forma, a insatisfação com a situação financeira passou de 37,2 pontos para 36,1 pontos.
A sondagem mostra ainda que o acesso ao crédito continua sendo uma das principais dificuldades enfrentadas pelo setor, cujo indicador piorou de 28,6 pontos entre abril e junho para 25,9 pontos de julho a setembro. Paralelamente, o preço dos insumos usados pelo setor seguiu em trajetória de alta - acima de 50 pontos -, com pequena redução de ritmo, variando de 62 pontos para 61,7 pontos de um trimestre para o outro.
"Os principais problemas enfrentados pela indústria no terceiro trimestre foram a elevada carga tributária, a alta taxa de juros e a demanda interna insuficiente. Adicionalmente, os empresários do segmento tiveram maior dificuldade de acesso ao crédito e os preços dos insumos e das matérias-primas mantiveram trajetória de alta quando comparados com o trimestre anterior. Como consequência, houve o agravamento da insatisfação com a situação financeira e com a margem de lucro das empresas", definiu a CNI no documento.
Com um quadro tão deprimido até setembro, as expectativas do setor continuaram a se deteriorar em outubro. Segundo a CNI, o pessimismo dos empresários para o nível de atividade nos próximos meses piorou de 39,5 pontos para 37,7 pontos, cada vez mais distante da linha divisória dos 50 pontos que significaria o início de uma perspectiva otimista para os negócios.
A expectativa sobre novos empreendimentos e serviços também piorou, de 37,9 pontos para 36,9 pontos em outubro, bem como os planos de contratação de novos funcionários, cujo indicador passou de 37,3 pontos para 35,7 pontos neste mês.
Já as estimativas de redução de compras de matérias-primas ficaram praticamente estáveis, passando de 37,1 pontos para 37,0 pontos, enquanto os planos de novos investimentos apresentam o pior resultado de toda a pesquisa, caindo de 26 pontos para 25,2 pontos neste mês. "Essa menor propensão a investir é resultado da fraca atividade, da alta UCO e das expectativas pessimistas", avaliou a CNI.
 
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