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Consumo

- Publicada em 25 de Outubro de 2015 às 21:41

Grupo chinês Alibaba atrai brasileiros para o atacado

Gigante do e-commerce fundado por Ma cria oportunidades ao País

Gigante do e-commerce fundado por Ma cria oportunidades ao País


JEWEL SAMAD/AFP/JC
Um gigante chinês tem ajudado pequenas empresas brasileiras a conquistar o mercado internacional. Com margem de lucro maior que expoentes do e-commerce como a Amazon e o eBay, o Grupo Alibaba, fundado pelo hoje bilionário chinês Jack Ma, é dono de cerca de 10 sites especializados em diferentes tipos de transações. O mais famoso deles é o Aliexpress, que vende artigos chineses com preços muito baixos.
Um gigante chinês tem ajudado pequenas empresas brasileiras a conquistar o mercado internacional. Com margem de lucro maior que expoentes do e-commerce como a Amazon e o eBay, o Grupo Alibaba, fundado pelo hoje bilionário chinês Jack Ma, é dono de cerca de 10 sites especializados em diferentes tipos de transações. O mais famoso deles é o Aliexpress, que vende artigos chineses com preços muito baixos.
Outro destaque é o Alibaba.com, site focado no atacado que conta com a presença de dezenas de empresas brasileiras, atraídas pelos números surpreendentes de vendas. Somente no segundo trimestre do ano, o lucro do Alibaba subiu para US$ 4,97 bilhões, 148% a mais que o valor registrado no mesmo período no último ano. Ao todo, a empresa comercializa mais de 40 categorias de produtos em 190 países. Com a valorização do dólar, o cenário é ainda melhor para os empreendedores do País se aventurarem por outras terras. "A missão do Alibaba.com é facilitar as negociações em qualquer lugar. O nosso foco no Brasil é ajudar empresários e pequenas e médias empresas a expandirem os seus negócios, encontrarem novos parceiros comerciais no mundo e, assim, competirem a nível internacional", destaca Alex Tsai, responsável pelo marketing internacional e desenvolvimento de negócios do grupo para a América Latina.
É o caso da Phyto Planet, que utiliza o site há uma década. Com sede em Nova Lima (MG), a microempresa exporta castanhas, chás, ervas e espécies como folhas de maracujá e variedades de café. A estratégia é a valorização de especialidades tupiniquins que não são encontradas com facilidade em outras terras. "O Alibaba é bom para a prospecção de clientes e tem ferramentas como o chat on-line, para fechar negócios pelo site mesmo", diz George Lage, diretor executivo. Ele não divulga o faturamento, mas faz cerca de 40 entregas por mês e tem clientes em 48 países.
São as dificuldades de micro e pequenos empreendimentos como a Phyto Planet que o grupo promete ajudar, principalmente capital e dos recursos limitados. "Essas barreiras são superadas através do nosso enorme banco de dados de empresas globais, do alcance global que nós proporcionamos e do nosso mostruário de produtos on-line", garante Tsai.
Para a Nativa Gems, negócio gaúcho que exporta pedras de metais e minerais, o site é uma ferramenta de divulgação. A empresa foi criada em 2007, pensando em uma demanda internacional que já era forte no momento. "Quando começamos a procurar os primeiros compradores, o Alibaba foi uma oportunidade e uma forma eficaz de publicidade para o nosso segmento", diz Giancarlo Curti, gestor comercial da Nativa Gems. O site é uma espécie de vitrine para atrair clientes em mais de 50 países.

Impasse em lei sobre inadimplência é prejudicial, diz Boa Vista

O impasse em torno da Lei Paulista nº 15.659, que regulamenta o sistema de cadastro de consumidores em sistemas de proteção de crédito, penaliza os empresários e os consumidores, na opinião da Boa Vista SCPC. Apesar disso, a empresa não pretende, por ora, suspender a divulgação dos seus indicadores sobre inadimplência.
Para o diretor jurídico da Boa Vista SCPC, Dirceu Gardel, a inadimplência "não está sendo enxergada pelo mercado" em sua totalidade. Isso porque, de acordo com a legislação, o consumidor só tem o seu nome inscrito como inadimplente nos órgãos de proteção ao crédito depois de ser previamente comunicado por escrito e assinar o protocolo de Aviso de Recebimento (AR). Segundo Gardel, desde que a lei entrou em vigor, apenas 5% dos inadimplentes no estado de São Paulo assinaram o AR, o que não dá a real dimensão do cenário da inadimplência. "Há o risco de o empresário vender a crédito a um inadimplente e aumentar o superendividamento dessa pessoa. Com medo do aumento do calote, os varejistas encarecem o crédito. Ou seja, as duas pontas são prejudicadas", afirmou.
Para Gardel, a lei estadual vai na contramão da resolução de conflitos entre inadimplentes e empresas. A legislação prevê que, caso o consumidor não assine o AR, o credor deverá ajuizar uma ação contra o devedor ou fazer o protesto em cartório, o que encarece e judicializa o processo, segundo o advogado.
Pelo sistema anterior à lei, usado pelas empresas de proteção ao crédito, a comunicação ao consumidor de sua inadimplência é feita em carta simples. O diretor jurídico da Boa Vista lembra ainda que a questão em torno da lei está se arrastando desde o início do ano. Na prática, a questão será novamente analisada em pelo menos 15 dias.
Além do processo no TJ-SP, a Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp) entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade junto ao STF, alegando que a lei viola a legislação federal. No entendimento da entidade, o Código de Defesa do Consumidor já prevê que a notificação seja feita por escrito.