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Economia

- Publicada em 25 de Outubro de 2015 às 21:39

Evento discute avanços da governança corporativa

Ideia é mostrar exemplos reais de trajetórias amadurecidas, diz Cláudia

Ideia é mostrar exemplos reais de trajetórias amadurecidas, diz Cláudia


IBGC/DIVULGAÇÃO/JC
Rafael Vigna
Em 2015, completa-se um ciclo de 20 anos de governança corporativa no Brasil. Desde a década de 1990, o País registrou avanços nas boas práticas com a estruturação de sistemas norteados pelos princípios de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade. No período, a preocupação, que antes era quase uma exclusividade das companhias com ações negociadas em bolsa, se tornou mais abrangente e passou a frequentar o interesse das empresas de capital fechado de médio e também de pequeno porte.
Em 2015, completa-se um ciclo de 20 anos de governança corporativa no Brasil. Desde a década de 1990, o País registrou avanços nas boas práticas com a estruturação de sistemas norteados pelos princípios de transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade. No período, a preocupação, que antes era quase uma exclusividade das companhias com ações negociadas em bolsa, se tornou mais abrangente e passou a frequentar o interesse das empresas de capital fechado de médio e também de pequeno porte.
Para analisar as principais conquistas, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) promove, com apoio da Amcham, em Porto Alegre, o 1º Seminário Governança Corporativa realizado no Estado. O evento apresentará, amanhã, a partir das 8h30min, no Instituto Ling (rua João Caetano, 440), o caso real de empresas que se destacam, seja pelo pioneirismo, seja pelas especificidades da implantação de estruturas de conselhos estratégicos.
Um dos painéis contará com a participação de Moacir Salzstein, diretor de Governança Corporativa da Natura, responsável pela coordenação de todas as atividades relacionadas ao conselho de administração da empresa. Com base no modelo implementado há mais de 15 anos pela companhia, será possível resgatar várias etapas da transição. Isso porque a governança corporativa da Natura passou por significativas evoluções.
A preparação para o IPO (abertura de capital), realizada em 2004, gerou um conselho de administração composto por três sócios-fundadores. Conforme explica a coordenadora-geral do Capítulo Rio Grande do Sul do IBGC, Claudia Tondo, trata-se de um conceito multifamiliar. "Hoje, a estrutura da empresa envolve três núcleos societários familiares, e foi preciso adaptar o modelo da Natura a esse tipo de necessidade", resume.
De acordo com Cláudia, o objetivo da programação do seminário é justamente o de trazer exemplos reais de trajetórias que atingiram a maturidade. "Antes, as pessoas tinham a imagem de que isso só se aplicaria em grandes empresas. Depois desse tempo, os horizontes começam a se abrir. Já há demanda de médias e até pequenas empresas para a implementação de práticas de governança", observa.
Por isso, outro painel terá a participação da presidente do Conselho de Família do Grupo Algar, Mariella Pavesi. Membro da 4ª geração da Família Garcia, controladora da empresa brasileira, fundada em 1929, em Minas Gerais, com atuação nas áreas de TI, Agronegócios, Turismo e Serviços, ela apresentará experiências de transição entre as gerações em mais de 85 anos de gestão familiar.
"A grande maioria das empresas familiares não tem intenção de abrir capital. No entanto, os gestores sabem que precisam construir novos modelos, pois a estrutura fundamentada na figura do fundador, ligada somente à gestão, não é mais capaz de sustentar os negócios. Muitos fundadores perceberam a necessidade de dar um passo em direção a sistemas capazes de sobreviver, inclusive, às suas próprias ausências", observa.
Neste contexto, Cláudia chama a atenção para a realidade gaúcha, que ainda apresenta barreiras locais bastante características. A coordenadora comenta que, no Estado, a grande maioria dos fundadores e donos de empresas se depara, em algum momento da vida, em razão do envelhecimento, com o que se chama de "gatilho" de sucessão. Trata-se de algum acontecimento fora do comum capaz de gerar a percepção de que é necessário pensar sobre o assunto.
"No início, os proprietários percebem que é difícil substituir a própria figura dentro da empresa. Mas, quando ocorre a implantação da governança, retira-se um peso daquele gestor e coloca-se o poder em um grupo. Aos poucos, a própria gestão se torna mais estável. Essa é a diferença de ter ou não ter governança. No Rio Grande do Sul, isso é muito comum naquelas empresas em que os donos iniciaram o processo.
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