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Aviação

- Publicada em 22 de Outubro de 2015 às 22:12

Estudo mostra potencial para voos diretos

Pessoas que utilizam o modal de transporte vêm ou vão para 3.590 municípios, ou 64% das cidades do País

Pessoas que utilizam o modal de transporte vêm ou vão para 3.590 municípios, ou 64% das cidades do País


TÂNIA RÊGO/ABR/JC
Apesar do crescimento doméstico nos últimos anos, pelo menos 252 cidades brasileiras ainda têm mercado potencial para receber voos diretos diários de 112 passageiros, de acordo com levantamento divulgado pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). O estudo mostrou que esses municípios podem receber rotas aéreas com pelo menos 50% de ocupação das aeronaves. De acordo com a SAC, em 172 dessas cidades, existem rotas com potencial de 70% de assentos ocupados e, dentro do mesmo grupo, 144 podem acolher voos com até 85% de lotação.
Apesar do crescimento doméstico nos últimos anos, pelo menos 252 cidades brasileiras ainda têm mercado potencial para receber voos diretos diários de 112 passageiros, de acordo com levantamento divulgado pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). O estudo mostrou que esses municípios podem receber rotas aéreas com pelo menos 50% de ocupação das aeronaves. De acordo com a SAC, em 172 dessas cidades, existem rotas com potencial de 70% de assentos ocupados e, dentro do mesmo grupo, 144 podem acolher voos com até 85% de lotação.
No mercado gaúcho, a rota entre Gramado e São Paulo (SP) aparece como a 8ª maior demanda, com movimentação anual de 81.933 passageiros. Outros voos com potencial de demanda diária, segundo a SAC, estão nos roteiros entre Rio de Janeiro e Vila Velha (ES) e Macaé (RJ) e Santos (SP), que ainda não recebem voos regulares.
O levantamento comprova que o estado de São Paulo é a origem e o destino da maioria dos passageiros brasileiros. O aeroporto de Guarulhos é o mais influente do País: chegaram ou partiram dele pessoas de 312 diferentes municípios. Em segundo lugar está o aeroporto de Viracopos, em Campinas, que recebeu passageiros de 282 cidades. Em quinto lugar aparece Congonhas, com usuários indo ou voltando de 212 municípios.
Em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), a SAC entrevistou mais de 150 mil passageiros em 2014 com um questionário de 70 perguntas. A pesquisa foi feita nos 65 maiores aeroportos do País, responsáveis por 98% do fluxo aéreo nacional. Chamado de "O Brasil que Voa", o estudo traçou um perfil dos passageiros, aeroportos e rotas, mostrando que as pessoas que usam o modal de transporte vêm ou vão para 3.590 municípios, ou 64% das cidades brasileiras.
A pesquisa revelou ainda que 45% dos passageiros no ano passado tinham renda mensal entre 2 e 10 salários-mínimos. A maioria das pessoas que voam no Brasil tem entre 31 e 45 anos, compra passagem com menos de um mês de antecedência e viaja para trabalhar ou estudar. O estudo também aborda detalhes dos hábitos dos passageiros como o trajeto até o aeroporto, feito sobretudo por táxi, e o gasto médio de R$ 50,00 nos terminais até a chamada final para o voo.
A partir dos questionários, a SAC montou um banco de dados com 10,5 milhões de repostas que serão usadas pelo órgão para desenvolver estratégias e políticas públicas para o setor. Em 2014, foram 199,3 milhões de viagens aéreas no País, e a previsão é de que a movimentação anual de passageiros chegue a 600 milhões em 2034.
O ministro da SAC, Eliseu Padilha, destacou a "democratização da passagem aérea", uma vez que o estudo mostrou que diversas classes sociais voaram em 2014. Entre 2004 e 2014, o número de passageiros no País cresceu 170% e o preço dos bilhetes aéreos caiu 48%. "O avião não é mais coisa de gente rica", enfatizou. Segundo ele, as companhias aéreas não montam novas rotas apenas com base na demanda. "Uma grande questão é o custo da querosene de avião em alguns estados. Onde a cobrança do ICMS é mais alta, existem dificuldades para criação de novas rotas".
O ministro lembrou ainda que foram investidos R$ 15,6 bilhões no setor nos últimos cinco anos e citou o Programa de Aviação Regional que estaria pronto para ser implantado.
"Temos conseguido fazer que os investimentos do setor privado sejam feitos e alguns dos nossos parceiros inclusive já fizeram mais investimentos do que o planejado porque perceberam que haveria retorno", relatou.

TAM defende 'caixa dentro de casa' em cenário instável

A presidente da TAM, Cláudia Sender, afirmou que em um momento de instabilidade econômica é essencial que a companhia "tenha caixa dentro de casa" para conseguir se manter flexível e resiliente, assim como enfrentar os desafios advindos do cenário econômico mais adverso. "Uma operação como a nossa não pode parar, não podemos deixar de atender os voos por causa da menor demanda", disse Sender, durante participação de evento em São Paulo, nesta quinta-feira.
Segundo a executiva, outra estratégia adotada para atravessar o momento de maior fraqueza do mercado é a continuidade dos investimentos em inovação e no diálogo com os clientes. "Em momento de crise, deixar de investir em inovação vai fazer você sair mais fraco", disse Cláudia.