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Economia

- Publicada em 21 de Outubro de 2015 às 22:08

Nicolini melhora ambiente de trabalho em Garibaldi

Força-tarefa do Ministério Público do Trabalho do Estado analisou instalações do frigorífico de aves

Força-tarefa do Ministério Público do Trabalho do Estado analisou instalações do frigorífico de aves


FLÁVIO PORTELA/MPT-RS/DIVULGAÇÃO/JC
O Frigorífico Nicolini Ltda., em Garibaldi, apresentou evoluções na adequação do ambiente de trabalho. Entretanto, algumas implementações ainda estão pendentes. A avaliação majoritária é dos integrantes da operação da força-tarefa do Ministério Público do Trabalho (MPT) que investiga frigoríficos gaúchos desde janeiro de 2014. A inspeção foi finalizada ontem e as conclusões do grupamento operacional foram transmitidas ao gerente industrial, Maurício Demari Lucas, e executivos do frigorífico.
O Frigorífico Nicolini Ltda., em Garibaldi, apresentou evoluções na adequação do ambiente de trabalho. Entretanto, algumas implementações ainda estão pendentes. A avaliação majoritária é dos integrantes da operação da força-tarefa do Ministério Público do Trabalho (MPT) que investiga frigoríficos gaúchos desde janeiro de 2014. A inspeção foi finalizada ontem e as conclusões do grupamento operacional foram transmitidas ao gerente industrial, Maurício Demari Lucas, e executivos do frigorífico.
Com 1.530 funcionários, a indústria abate, industrializa frangos e produz subprodutos, como farinhas de vísceras e de penas, além de óleo. A planta processa, em média, 260 mil frangos griller (tipo exportação para o mercado árabe) por dia, além de 280 toneladas de embutidos. Possui estrutura de produção verticalizada, desde matrizes de aves, produção de pintos de um dia e integração de frangos para abate. Atualmente, a Nicolini terceiriza 100% da produção em Garibaldi para a BRF.
Conforme o Centro Regional de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) Serra, houve evolução nas condições de saúde e segurança dos trabalhadores, se comparado a outras empresas do setor e também em relação às outras plantas da mesma empresa vistoriadas anteriormente. Para os técnicos, há boa participação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) na gestão dos riscos no ambiente de trabalho e investigação dos acidentes ocorridos. A apresentação dos indicadores epidemiológicos de saúde dos trabalhadores ainda necessita de melhorias para que se possa subsidiar as ações com precisão. Com base na análise dos documentos apresentados, alguns trabalhadores serão convidados a realizar avaliação audiológica completa no Cerest, em Caxias do Sul. Como principal ponto negativo, o Cerest cita a prática do presenteísmo estimulado por prêmio de assiduidade, o qual não é recebido por trabalhadores que faltarem ao trabalho por motivo de doença, inclusive.
Para o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul (FTIA-RS), Dori Nei Scortegagna, foram encontrados alguns pontos positivos no frigorífico. "Muitas ações foram tomadas para a melhoria, principalmente, na questão de segurança de máquinas. Mas muito há por fazer." Os problemas elencados, segundo ele, não fogem à regra: esforço repetitivo, ritmo de trabalho, espaço físico inadequado em alguns locais, riscos à integridade e à saúde dos trabalhadores, falta de medidas de segurança, especialmente em câmaras e túneis, e trabalhadores submetidos a metas e normas que negligenciam as boas relações do trabalho. "O que cabe de positivo é que, com o auxílio do trabalho da força-tarefa, paulatinamente, estamos vendo avanços que minimizam as más condições de trabalho que encontramos em todos os frigoríficos", afirmou.
A tecnologista da Fundacentro, Maria Muccillo, afirmou que a empresa vem, ao longo dos últimos anos, buscando adequações pertinentes às Normas Regulamentadoras, resolvendo situações pontuais, em especial aquelas que foram apontadas por meio de auditorias fiscais do Ministério do Trabalho e Previdência Social e MPT. "Mesmo assim, ainda existem correções a serem feitas para que a melhoria continua não se interrompa", destacou.
Esta foi a 23ª ação da força-tarefa desde janeiro do ano passado (nove em 2014 e 14 em 2015). Até agora, foram inspecionados 10 frigoríficos avícolas (mais 3 monitoramentos na Serra), cinco de bovinos e cinco de suínos. Interdições de máquinas e atividades paralisaram 10 plantas.
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