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Conjuntura Internacional

- Publicada em 21 de Outubro de 2015 às 18:54

BoE cria dificuldade a teste de estresse para os bancos

Barclays está entre as oito instituições britânicas a serem testadas

Barclays está entre as oito instituições britânicas a serem testadas


CARL COURT/AFP/JC
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) anunciou que irá endurecer os "testes de estresse" para os maiores bancos do Reino Unido. Por outro lado, suspendeu a participação de unidades no país de grandes bancos globais, como J.P. Morgan Chase e Citigroup, nessas avaliações anuais.
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) anunciou que irá endurecer os "testes de estresse" para os maiores bancos do Reino Unido. Por outro lado, suspendeu a participação de unidades no país de grandes bancos globais, como J.P. Morgan Chase e Citigroup, nessas avaliações anuais.
Anteriormente, o BoE havia afirmado que grandes unidades de bancos estrangeiros no Reino Unido teriam que passar pelos testes, que avaliam se as instituições têm capital suficiente para lidar com choques econômicos e nos mercados. Nesta quarta-feira, porém, houve uma mudança nessa orientação, com o banco central afirmando que confiará na cooperação com reguladores bancários como o Federal Reserve, o banco central norte-americano, para avaliar as divisões desses bancos.
O BoE deixou a porta aberta para a inclusão posterior de bancos de investimento estrangeiro em testes que poderiam cobrir todo o sistema financeiro do Reino Unido, incluindo seguradoras e fundos de hedge, mas não deu um prazo para quando isso poderá ocorrer.
Oito bancos britânicos passarão pelos testes: Barclays, HSBC, Standard Chartered, Royal Bank of Scotland (RBS), Lloyds Banking, Santander U.K., Cooperative Bank PLC e Nationwide Building Society. Para eles, o mínimo de capital necessário para passar no teste aumentará a partir do próximo ano. Os níveis variarão de banco para banco, para refletir as exigências de capital mínimo estabelecidas pelo BoE e os colchões adicionais para os quatro bancos globais importantes para o sistema: Barclays, HSBC, RBS e Standard Chartered.
Os testes de estresse públicos começaram no ano passado no Reino Unido. Os resultados desse ano, com os critérios antigos, serão publicados em 1º de dezembro. A operação também passará a avaliar os bancos a cada dois anos sobre cenários possíveis, que os formuladores da política veem como riscos para os bancos, disse o BoE. Isso poderia incluir, por exemplo, a possível resposta dos bancos à piora em alguns setores para os quais emprestam, como o de energia, ou sua exposição a países em dificuldade. O núcleo desses testes, que é avaliar como bancos reagiriam a cenários de fortes mudanças econômicas e nos mercados, continuarão a ser feitos anualmente
As instituições que não passam nos testes são obrigados a levantar capital adicional ou a adiar o pagamento de bônus a seus acionistas. O Fed começou a realizar testes de estresse em algumas unidades de bancos estrangeiros em 2014 e ampliará o processo para incluir as outras instituições. A Autoridade Bancária Europeia começou a fazer testes nos grandes bancos da União Europeia em 2009.

União Europeia vai criar conselho fiscal para apoiar os países do bloco em políticas orçamentárias

A Comissão Europeia definiu os próximos passos para fortalecer a combalida união monetária do continente e disse que vai criar um conselho fiscal para ajudar a orientar a regulamentação para orçamentos nacionais, além de propor um sistema - que deve ser criado antes do fim do ano - para apoiar fundos nacionais de garantia de depósitos que atuem como um mecanismo de resseguro durante crises bancárias.
O braço executivo da União Europeia tem enfrentado resistência contra alguns de seus planos para fortalecer a integração dos 19 países-membros da zona do euro, parcialmente devido a divisões entre falcões fiscais, como a Alemanha, e países como a França e a Itália, que querem que o bloco afrouxe a austeridade.
A Comissão examina os orçamentos nacionais anualmente, e pode pedir aos governos para que reavaliem seus planos de gastos. Se um país falhar ao cortar gastos e déficits conforme as regras da UE, o órgão pode impor sanções financeiras.
O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, criticou a atuação da Comissão Europeia, afirmando que o órgão é menos rigoroso com grandes países como a França e a Itália, e apelou a um conselho independente para tomar as decisões orçamentárias.
A comissão teve de colocar essas preocupações na balança, agindo com cautela, principalmente por conta das preocupações dos alemães - que temem acabar pagando pelos problemas financeiros e econômicos de seus vizinhos no bloco.
A comissão também quer que os países da zona do euro participem de órgãos financeiros internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), de forma mais eficaz. Até 2025, a região deve ter apenas um assento no quadro executivo do órgão.

Austrália está próxima de ratificar acordo de livre-comércio com China

O Parlamento da Austrália está perto de ratificar um acordo de livre-comércio com a China antes do fim deste ano. O principal partido da oposição australiano abandonou as ameaças de desfazer o pacto após garantir salvaguardas para os trabalhadores locais.
O líder oposicionista Bill Shorten afirmou que o Partido Trabalhista fechou um acordo com o governo conservador para "proteções legais satisfatórias" que impedirão que trabalhadores chineses tomem empregos dos australianos. "Isso significa que o partido agora pode apoiar a aprovação rápida (no Parlamento) do Acordo de Livre-Comércio Austrália-China", declarou.
Os defensores do acordo dizem que ele será um impulso para as exportações de commodities e serviços da Austrália, porque reduzirá tarifas, abrirá os lucrativos mercados chineses para o país e melhorará o acesso a investimentos de empresas chinesas na Austrália. A China é o maior parceiro comercial da Austrália, com um total de 160 bilhões de dólares australianos (US$ 116 bilhões) em comércio entre os dois países no ano passado.