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Consumo

- Publicada em 21 de Outubro de 2015 às 17:39

Intenção de consumo dos gaúchos se agrava e registra queda histórica

Elevação dos juros afeta diretamente o plano de compra de bens

Elevação dos juros afeta diretamente o plano de compra de bens


MARCOS NAGELSTEIN/JC
Em outubro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias do Rio Grande do Sul (ICF) alcançou o menor valor da série histórica, superando o dado de setembro, que já havia sido o pior desde janeiro de 2010. A queda neste mês foi de 45,5% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 69,9 pontos. Em setembro, o indicador já mostrava um cenário de agravamento, com recuo de 42,1%. O dado faz parte da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF), da Fecomércio-RS.
Em outubro, o índice de Intenção de Consumo das Famílias do Rio Grande do Sul (ICF) alcançou o menor valor da série histórica, superando o dado de setembro, que já havia sido o pior desde janeiro de 2010. A queda neste mês foi de 45,5% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo 69,9 pontos. Em setembro, o indicador já mostrava um cenário de agravamento, com recuo de 42,1%. O dado faz parte da pesquisa Intenção de Consumo das Famílias Gaúchas (ICF), da Fecomércio-RS.
Todos os componentes que integram o ICF tiveram uma retração importante, resultado de fatores que vêm sendo evidenciados há muitos meses, como inflação elevada, redução da atividade, que culmina no aumento do desemprego e queda dos rendimentos reais. "A depreciação cambial no final de setembro ajudou a aprofundar ainda mais esse cenário negativo, pois é sentido pelas famílias como um sinal de piora da economia", afirma o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn. O dirigente destaca, ainda, como justificativa para o dado pessimista, o anúncio de aumento de tributos tanto em nível estadual quanto federal.
O indicador que mede a segurança com relação à situação do emprego caiu 25,7% sobre outubro do ano passado, aos 108,0 pontos. De acordo com Bohn, "o mercado de trabalho registra piora paulatina, com aumento da taxa de desemprego e queda da renda real". A avaliação quanto à situação de renda confirma essa tendência: recuou 38,6% frente a outubro de 2014, aos 87,8 pontos. O desempenho do indicador foi determinado pelo efeito da inflação elevada sobre a renda real e pela piora da situação do mercado de trabalho.
Os dados relacionados ao nível de consumo atual em outubro mostram uma redução de 53,8% na comparação com a mesma base do ano passado, aos 52,1 pontos. A avaliação referente à facilidade de acesso ao crédito caiu 51% no mesmo período analisado, aos 62,7 pontos; e o referente ao momento para consumo de bens duráveis teve diminuição de 66,1%, aos 39,8 pontos. "A elevação dos juros afeta de forma mais intensa o setor de bens duráveis, que, na maioria das vezes, são adquiridos com o uso do crédito. Esse fator, associado à maior cautela na aquisição de bens, justifica esse comportamento", explica Bohn. O indicador que mede a perspectiva profissional caiu 30,4%, como resultado da piora gradual das condições econômicas com efeito direto sobre a intenção de contratação das empresas e o mercado de trabalho.

Taxa de cheques sem fundos de 2,2% em setembro é a maior em 24 anos, apura Serasa

O percentual de devoluções de cheques pela segunda vez por falta de fundos foi de 2,21% em setembro, o maior patamar para o mês da série histórica, iniciada em 1991, segundo o Indicador Serasa Experia. Em agosto deste ano, a taxa de devolução foi de 2,11%. Já em setembro do ano passado, foi de 1,84%.
Em relação a janeiro e setembro, o percentual de devoluções de cheques pela segunda vez por insuficiência de fundos foi de 2,19%, o segundo maior para o período de toda a série histórica. O recorde dos nove primeiros meses do ano foi em 2009, com 2,22%. Se comparado ao mesmo período de 2014, o percentual foi de 2,07%.

Inadimplência das empresas tem alta anual de 7,3%

A inadimplência das empresas subiu 7,3% no terceiro trimestre de 2015, ante igual período do ano passado, de acordo com pesquisa da Boa Vista SCPC. Em relação aos três meses imediatamente anteriores, o avanço foi de 2,5%, na série com ajuste sazonal. Na variação acumulada de quatro trimestres até setembro, a alta é de 8,1% contra os quatro trimestres antecedentes. Na comparação com o acumulado até junho, houve desaceleração de 0,2 ponto percentual.
Segundo análise dos economistas da Boa Vista, apesar da desaceleração na análise de longo prazo, a inadimplência das empresas permanece em patamar elevado. Isso ocorre por causa de um cenário de forte incerteza econômica e retração da atividade, além da desaceleração do crédito e dos níveis elevados de inflação e juros.
"Dada a atual conjuntura macroeconômica, espera-se que, em 2015, o fluxo de empresas inadimplentes mantenha esta tendência de alta e encerre o ano próximo ao presente nível, em 8%", diz a empresa em relatório.