Copelmi investe R$ 103 mi em complexo carbonífero

Será assinado hoje, às 10h, no Palácio Piratini, protocolo de intenções entre o governo do Estado e a Seival Sul Mineração. A empresa, uma controlada do grupo gaúcho Copelmi Mineração, investirá R$ 103 milhões na implantação de mina e de uma unidade de britagem e processamento de carvão mineral, no município de Candiota.

O presidente da Copelmi e da Seival Sul Mineração, Cesar Faria, detalha que o empreendimento destina-se a satisfazer a necessidade da termelétrica Pampa Sul/Miroel Wolowski, da Tractebel Energia. A previsão é de que a usina entre em operação em janeiro de 2019, com uma capacidade instalada de 340 MW (o que corresponde a um pouco menos de 10% da demanda de energia elétrica do Rio Grande do Sul atualmente).

Faria comenta que o acordo que será firmado hoje, conduzido pela Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (SDECT/RS), prevê benefícios fiscais para o projeto da mina. Na implantação do empreendimento, no pico das obras, deverão ser gerados em torno de 350 empregos diretos e mais 260 postos de trabalho durante a operação do complexo.

De acordo com o executivo, para que a térmica inicie os processos de testes, o objetivo é de que a mina possa fornecer carvão a partir do primeiro trimestre de 2018. A expectativa é de que a usina tenha um consumo de cerca de 2,8 milhões de toneladas de carvão anualmente, o que garantirá uma produção bruta de aproximadamente 3,1 milhões de toneladas ao ano.

O empresário informa que a jazida da mina é mais do que suficiente para cumprir o contrato de abastecimento com a Tractebel, que terá 25 anos de validade. A reserva é estimada em mais de 200 milhões de toneladas do mineral. Para se tonar a fornecedora da térmica Pampa Sul/Miroel Wolowski, a Copelmi venceu a disputa com outras empresas, como a estatal Companhia Riograndense de Mineração (CRM). Maior mineradora privada de carvão no País, a Copelmi detém 18% do total do mercado nacional desse mineral.