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Economia

- Publicada em 14 de Outubro de 2015 às 22:23

Estado elabora lei de apoio ao biometano

Nova norma vai possibilitar incentivos fiscais e juros menores para projetos do setor

Nova norma vai possibilitar incentivos fiscais e juros menores para projetos do setor


JOÃO MATTOS/JC
Jefferson Klein
Os empreendimentos gaúchos de biometano (biogás purificado, feito a partir de matéria orgânica, como dejetos suínos, por exemplo) estão prestes a receber uma importante ajuda para se desenvolverem. O diretor-presidente da Sulgás, Claudemir Bragagnolo, revela que está sendo elaborado um projeto de lei, que deve ser finalizado ainda em novembro, para implementar legislação estadual de apoio ao biometano.
Os empreendimentos gaúchos de biometano (biogás purificado, feito a partir de matéria orgânica, como dejetos suínos, por exemplo) estão prestes a receber uma importante ajuda para se desenvolverem. O diretor-presidente da Sulgás, Claudemir Bragagnolo, revela que está sendo elaborado um projeto de lei, que deve ser finalizado ainda em novembro, para implementar legislação estadual de apoio ao biometano.
O dirigente adianta que será feito um diagnóstico para levantar as dificuldades que as empresas que atuam nessa área enfrentam e como o Estado pode ser um agente facilitador do processo. A nova norma deverá possibilitar incentivos fiscais, financiamentos com juros menores do que praticados no mercado, entre outros benefícios. Integrarão a ação pastas como as secretarias de Minas e Energia, do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Rural, além da Sulgás. Ainda deverão auxiliar na iniciativa instituições financeiras como Banrisul e Badesul. Bragagnolo recorda que a produção de biometano pode ser uma excelente solução ambiental para resíduos orgânicos oriundos da produção de animais como porcos e bois.
Em junho, a Sulgás já tinha tomado uma medida que também beneficiaria o setor. A estatal lançou na ocasião um edital para a compra de 200 mil metros cúbicos diários de biometano, por prazo de 20 anos. No entanto, Bragagnolo argumenta que os empreendedores do segmento consideraram o prazo muito curto e houve pouca participação. Como a validade da proposta acabou vencendo, a decisão foi por postergar a ação até entrar em vigor a nova legislação.
Mais uma questão adiada foi a conclusão de sindicância que está investigando possíveis irregularidades que teriam afetado a Sulgás. Bragagnolo explica que uma auditoria de rotina da Gaspetro (subsidiária da Petrobras que detém 49% de participação na estatal gaúcha) identificou diferenças em um boletim de medições de obras. Existe a possibilidade de a Sulgás ter pago a mais para uma companhia privada por esse serviço, entre os anos de 2013 e 2014. Com isso, cada empresa, a Gaspetro e a Sulgás, abriram sindicâncias para averiguar o fato.
O dirigente informa que a subsidiária da Petrobras até agora não repassou para a estatal gaúcha um relatório oficial sobre o assunto. Já a conclusão da investigação da Sulgás, que estava prevista para ocorrer neste mês de outubro, foi prorrogada por mais 60 dias. Por enquanto, o executivo prefere não revelar o nome da empresa contratada e os valores envolvidos no caso. Procurada pela reportagem do Jornal do Comércio, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que "essa demanda é diretamente com a Sulgás".
Outra novidade sobre a Sulgás é que, a partir deste mês, a companhia está bonificando os representantes comerciais que adaptarem seus veículos para o uso do gás natural veicular (GNV) no Rio Grande do Sul. A partir de convênio firmado com o Conselho Regional dos Representantes Comerciais (Core/RS), o projeto Frotas - Sinal Verde para a Economia tem como meta a conversão de 900 veículos em um ano.
O representante comercial que converter seu automóvel dentro da promoção receberá bônus para abastecimento de 1.110 metros cúbicos de GNV, o que corresponde a quase 60% do custo para conversão, e poderá financiar a adaptação de seu carro através de uma parceria com o Banrisul. Segundo dados da Sulgás, atualmente, o investimento necessário para compra e instalação de um kit GNV é na média de R$ 4,5 mil, com retorno estimado em 10 meses.
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