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Economia

- Publicada em 12 de Outubro de 2015 às 22:14

Vendas do Dia das Crianças ficaram abaixo do previsto

Lojas de shopping registraram resultados melhores do que as de rua

Lojas de shopping registraram resultados melhores do que as de rua


JOÃO MATTOS/JC
Guilherme Daroit
A expectativa já não era das melhores, e, pelo jeito, o clima dos últimos dias só piorou o cenário das vendas do Dia das Crianças no Estado. Segundo a Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), que, por fatores econômicos, já previa um resultado apenas igual em relação ao ano passado, as persistentes chuvas surpreenderam negativamente e fizeram as vendas caírem cerca de 3%. A situação foi mais sentida no Interior, mais dependente do comércio de rua do que a Capital.
A expectativa já não era das melhores, e, pelo jeito, o clima dos últimos dias só piorou o cenário das vendas do Dia das Crianças no Estado. Segundo a Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), que, por fatores econômicos, já previa um resultado apenas igual em relação ao ano passado, as persistentes chuvas surpreenderam negativamente e fizeram as vendas caírem cerca de 3%. A situação foi mais sentida no Interior, mais dependente do comércio de rua do que a Capital.
"Já tínhamos uma projeção de vendas nominais iguais às do ano passado. Mesmo assim, não vamos alcançar", argumenta o presidente da AGV, Vilson Noer. No total, as vendas para a data deverão fechar em torno de R$ 243 milhões no Rio Grande do Sul, ante os R$ 250 milhões de 2014. O tíquete médio dos presentes foi em torno dos R$ 75,00. "Claro que, mesmo com o momento econômico, não se deixa de presentear no Dia das Crianças, mas percebemos uma racionalização nos gastos", analisa Noer. Nessa linha, destaca-se ainda a proeminência dos presentes ditos "úteis", como os de confecção, preferidos neste ano aos brinquedos e jogos.
As chuvas que não dão trégua no Estado, ainda segundo Noer, complicaram mais os comerciantes do Interior, menos servido de shopping centers do que Porto Alegre. Fora da Capital, 85% do comércio é formado por lojas de rua, mais vulneráveis ao clima ruim. Não por coincidência, cidades como Santa Maria, Santiago e Santa Cruz do Sul, que estão entre as mais afetadas pela chuva, também foram as citadas por Noer como as que registraram as quedas mais bruscas no comércio.
Já na Capital, porém, a chuva até ajudou nos resultados. A expectativa da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-Poa) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio de Porto Alegre (Sindilojas), ainda preliminar, é de que tenha sido atingido o resultado esperado inicialmente, de R$ 58,45 milhões, principalmente pelas vendas realizadas de sexta-feira até domingo. "Com a chuva, os shoppings acabaram sendo um refúgio de lazer, o que incentiva as compras de impulso", afirma o presidente da CDL-Poa, Gustavo Schiffino.
Em relação ao ano passado, quando o feriado de 12 de outubro caiu em um domingo, o dia livre a mais em 2015 também pode ter favorecido o varejo da Capital, segundo o presidente do Sindilojas, Paulo Kruse. "O grande movimento do sábado, em especial, foi uma surpresa geral, e acreditamos ter empatado e talvez até superado as vendas de 2014", agrega Kruse, que mantém o otimismo também para o Natal.
Visto como um indicador para a principal data do setor, porém, o Dia das Crianças neste ano não pode ser usado nesse sentido em 2015, segundo Noer, por conta do fato atípico causado pela chuva durante toda a semana final de vendas. "Acreditamos, pelas pesquisas que temos, que as pessoas não vão deixar de comprar, e estamos apostando em campanhas que tirem um pouco desse clima de medo das pessoas em consumir", projeta Noer.
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