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Economia

- Publicada em 12 de Outubro de 2015 às 22:10

Intel prevê Natal adiantado com fim de isenção

Renovar parque ajuda a reduzir consumo de energia, destaca Buarque

Renovar parque ajuda a reduzir consumo de energia, destaca Buarque


JONATHAN HECKLER/JC
Patricia Knebel
O Natal de 2015 deverá ser um pouco menos tecnológico. A publicação da MP 690, que acaba com a MP do Bem - que, durante 10 anos, resultou na isenção de cobrança do PIS/Cofins para eletrônicos - passa a valer a partir de 1 de dezembro, e o mercado já espera um forte impacto nas vendas de notebooks, tablets e smartphones após esse período.
O Natal de 2015 deverá ser um pouco menos tecnológico. A publicação da MP 690, que acaba com a MP do Bem - que, durante 10 anos, resultou na isenção de cobrança do PIS/Cofins para eletrônicos - passa a valer a partir de 1 de dezembro, e o mercado já espera um forte impacto nas vendas de notebooks, tablets e smartphones após esse período.
E é por isso que a Intel, que tem os seus processadores instalados em eletrônicos dos maiores fabricantes mundiais, espera por um Natal antecipado. "Geralmente, temos um pico de consumo durante a Black Friday (que acontece em 27 de novembro) e, neste ano, deverá ser ainda maior. Os próprios varejistas estão incentivando os consumidores a comprarem seus eletrônicos antes de os preços subirem", comenta o gerente de marketing de consumo da Intel Brasil, Carlos Augusto Buarque.
Ele prevê que, só com a fim da isenção, deve ocorrer um aumento de pelo menos 10% nos preços. E tem ainda a questão do dólar, que irá impactar esse mercado, especialmente em 2016. "Ainda não estamos vendo no custo dos produtos todo o efeito do dólar, porque o varejo ainda está girando o estoque, mas ele virá", diz.
Diante deste cenário, o mercado de tecnologia está se mexendo e buscando alternativas. Para se manterem competitivos, muitos fabricantes de computadores estão readequando as configurações das máquinas voltadas para os consumidores finais. O resultado é a oferta de computadores mais simples, sem aquelas altíssimas capacidades de armazenamento e processamento, que encarem o produto e, na realidade, só se que justificam para alguns perfis de usuários, como os gamers.
Outra oportunidade, segundo Buarque, é o fato de que máquinas novas geram uma redução do consumo de energia - um argumento que pode ajudar a convencer os consumidores a trocar. Dados da multinacional mostram que o Brasil possui uma base instalada grande de equipamentos antigos, com mais de quatro anos - são cerca de 30 milhões de máquinas no mercado doméstico com mais de uso e 10 milhões no corporativo. "Uma máquina nova consome cerca de 20 watts, enquanto uma antiga era de cerca de 60 watts", cita Buarque. Esse apelo é especialmente forte nas empresas, que reúnem um parque grande de equipamentos.
Consumo de energia, aliás, tem sido um dos principais focos da área de P&D da Intel. Nesse caso, não tanto pelo custo deste insumo, mas para habilitar design diferenciado. "Máquinas com processadores que consomem menos energia precisam de um número menor de componentes e bateria, o que permite o desenvolvimento de máquinas mais finas e leves. Isso é o que o mercado mundial quer", relata o gestor. Outra meta da Intel é criar processadores de maior desempenho e capacidade gráfica, para suportar demandas como as por vídeos de alta definição.
Já no segmento corporativo, os mercados de servidores e data centers continuam crescendo, puxados por grandes provedores de serviços na nuvem, como Microsoft, Amazon Web Services e Locaweb. "Existem cada vez mais dispositivos conectados e soluções em cloud, o que gera uma demanda forte", diz. É por isso que a empresa tem trabalhado para oferecer produtos com grande capacidade de gestão para ter vários ambientes rodando em uma mesma máquina, melhorar o desempenho e, claro, reduzir o consumo de energia.
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