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Economia

- Publicada em 08 de Outubro de 2015 às 17:57

FAO reduz estimativa para colheita de grãos

É esperada queda de 8 milhões de toneladas na safra global de arroz

É esperada queda de 8 milhões de toneladas na safra global de arroz


IVAN DE ANDRADE/PALÁCIO PIRATINI/JC
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reduziu sua estimativa de produção mundial de cereais em 2015/2016, para 2,53 bilhões de toneladas, 6 milhões a menos do que o projetado em setembro e 24 milhões (-0,9%) abaixo do recorde de 2014/2015. A revisão reflete a perspectiva de menor produção de grãos destinados à indústria de ração e cerveja, e de arroz, cuja queda supera a estimativa de maior produção de trigo.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) reduziu sua estimativa de produção mundial de cereais em 2015/2016, para 2,53 bilhões de toneladas, 6 milhões a menos do que o projetado em setembro e 24 milhões (-0,9%) abaixo do recorde de 2014/2015. A revisão reflete a perspectiva de menor produção de grãos destinados à indústria de ração e cerveja, e de arroz, cuja queda supera a estimativa de maior produção de trigo.
A FAO reduziu sua estimativa de produção de arroz em quase 8 milhões de toneladas, para 493 milhões de toneladas, em virtude de sucessivos contratempos verificados desde o início da temporada e da menor possibilidade de recuperação das perdas. Em compensação, a produção mundial de trigo deve alcançar cerca de 735 milhões de toneladas na estimativa da organização, 6,4 milhões de toneladas acima da previsão anterior e ligeiramente acima (0,3%) do recorde do último ano safra. O ajuste foi feito considerando a perspectiva de maior produção na China e na União Europeia.
Para a temporada 2015/2016, a FAO reduziu sua previsão de utilização de cereais em 6 milhões de toneladas em relação à estimativa do mês passado, para 2,53 bilhões de toneladas. O volume, no entanto, ainda é 1,2% (31 milhões de toneladas) maior que o do ciclo 2014/2015. O ajuste feito neste mês reflete a projeção de menor consumo global de arroz.
O consumo mundial de cereais também foi revisado para baixo, 1,097 bilhão de toneladas, 21 milhões a menos que na previsão anterior, mas 1,1% acima da estimativa revisada para a safra 2014/2015. O volume de cereais destinado à ração animal é projetado em 904 milhões de toneladas, 6,4 milhões acima da última previsão devido à antecipação da aquisição de cereais para este fim por parte de China, Canadá e União Europeia.
Com relação aos estoques globais de cereais até o fim da temporada 2015/2016, a mais recente projeção da FAO é de cerca de 638 milhões de toneladas, volume 5,4 milhões inferior ao previsto em setembro. A redução se fundamenta em preocupações com os estoques de arroz e outros grãos. Em contrapartida, considerando as últimas perspectivas de colheita para a atual temporada, a FAO estima que os estoques mundiais de trigo devem se aproximar das 206 milhões de toneladas, 4 milhões acima da previsão de setembro e 3 milhões a mais que no ciclo encerrado em 2015.
O comércio mundial de cereais em 2015/2016 é estimado em cerca de 364 milhões de toneladas, 3,3 milhões acima do reportado no último relatório, mas ainda 11 milhões (-2,9%) abaixo do recorde de 2014/2015. A contração das negociações nesta temporada decorre majoritariamente, de acordo com a FAO, de quedas acentuadas nos embarques de trigo e outros cereais destinados à produção de ração e cerveja, na comparação com estimativas anteriores.
Já o comércio de arroz deve se recuperar em 2016 (janeiro a dezembro). A previsão da FAO é de que sejam negociadas aproximadamente 45 milhões de toneladas, 1 milhão (2,2%) a mais que no último ano, e quase 3 milhões de toneladas acima da previsão anterior feita pela organização. A comercialização de trigo na temporada 2015/2016, em compensação, pode atingir 150 milhões de toneladas, queda de quase 6 milhões em relação a 2014/2015. O cálculo se baseia na previsão de redução das importações do cereal por Marrocos e diversos países da Ásia, ainda que outros países venham a elevar suas compras do produto.
 
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