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Economia

- Publicada em 07 de Outubro de 2015 às 19:05

IPCA fechará ano abaixo de 10%, diz o IBGE

Índice sofreu impacto do aumento de 15% no preço do gás de cozinha

Índice sofreu impacto do aumento de 15% no preço do gás de cozinha


JOÃO MATTOS/JC
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trabalha com a possibilidade de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, feche 2015 abaixo de dois dígitos. O cálculo leva em conta o fato de a inflação ter fechado setembro com alta acumulada em 9,49% nos últimos 12 meses.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) trabalha com a possibilidade de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do País, feche 2015 abaixo de dois dígitos. O cálculo leva em conta o fato de a inflação ter fechado setembro com alta acumulada em 9,49% nos últimos 12 meses.
A gerente do IPCA, Eulina Nunes, comentou os números de setembro do IPCA, que fechou o mês com variação positiva de 0,54%, mais do que o dobro dos 0,22% de agosto: crescimento de 0,32 ponto percentual. "A alta de setembro teve forte influência da elevação das passagens aéreas, em função do Rock in Rio, e também da pressão exercida pelo aumento de 15% no preço do gás de cozinha, além das tarifas de água e esgoto em algumas regiões", disse.
Em setembro, o destaque na alta veio do grupo habitação (0,29% para 1,30%), impactado pela alta no botijão de gás. Também aceleraram os transportes (-0,27% para 0,71%), por conta das passagens aéreas, e a alimentação e bebidas (-0,01% para 0,24%). Os alimentos que mais pressionaram os preços foram batata-inglesa (7,26%), sorvete (2,62%) e chocolate e achocolatado em pó (2,44%). Já a cebola ficou 18,85% mais barata no mês passado.
O segmento de vestuário também pressionou no mês, com alta de 0,50%. Os preços de roupas e acessórios avançam com o fim da liquidação de outono/inverno e início da coleção primavera/verão. "Apesar de as liquidações continuarem, já não estão com tanta força como em agosto", disse Eulina. Neste mês, os calçados foram a principal pressão no grupo, com alta de 0,78%.
Por outro lado, perderam força os grupos artigos de residência (0,37% para 0,19%), saúde e cuidados pessoais (0,62% para 0,55%), despesas pessoais (0,75% para 0,33%), educação (0,82% para 0,25%) e comunicação (0,14% para 0,01%). Apesar da desaceleração em Saúde e Cuidados Pessoais, os planos de saúde ficaram 1,06% mais caros, segundo o IBGE.
Segundo Eulina, em outubro, a inflação sofrerá pressões importantes a serem exercidas pelos aumentos de 6% no preço da gasolina, 4% no preço do diesel e de 12% no do etanol. Apesar da expectativa de aumento nos preços, a gerente lembra que os últimos três meses do ano passado fecharam com taxas elevadas - outubro, 0,42%; novembro, 0,51%. e dezembro, 0,78%. "As taxas elevadas dos últimos três meses do ano passado não são desprezíveis e vão influenciar o resultado do fechamento do ano. Serão determinantes para que o IPCA finalize o ano com aumento acumulado abaixo de dois dígitos", disse.
Segundo Eulina, a questão é matemática: "Por isso, eu acredito que, apesar dos aumentos, inclusive do dólar, nós temos a demanda como um limitador da alta. Então, devemos ter uma taxa abaixo dos dois dígitos, pois a demanda vai regular a alta. Além disso, os números elevados dos três últimos meses do ano passado pesarão na balança".
"O que poderá acontecer neste ano é o contrário do que aconteceu no ano passado, quando nós encerramos o ano com alta de 0,78% no IPCA. Neste ano, nós iniciamos com alta expressiva de 1,24%, puxada pela elevação das tarifas de energia. Depois, fechamos em 1,22% e passamos a 1,32%, para só depois cair e ficar em torno de 0,7%", disse Eulina.
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