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Consumo

- Publicada em 07 de Outubro de 2015 às 17:51

Falta de dinheiro e preço faz brasileiro gastar menos

Pesquisa mostra queda na demanda por televisores de janeiro a junho

Pesquisa mostra queda na demanda por televisores de janeiro a junho


MARCOS NAGELSTEIN/JC
Os brasileiros se sentem pouco estimulados a comprar em 2015, de acordo com a pesquisa Pulso Brasil, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O levantamento mostra que, no primeiro semestre deste ano, aumentou o percentual de consumidores que desistiram de comprar por falta de dinheiro e pelo fato de os preços altos estarem maiores, enquanto aqueles que consumiram optaram por produtos mais baratos. O estudo revela ainda que, para o segundo semestre, as percepções para as condições financeiras pioraram no País.
Os brasileiros se sentem pouco estimulados a comprar em 2015, de acordo com a pesquisa Pulso Brasil, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O levantamento mostra que, no primeiro semestre deste ano, aumentou o percentual de consumidores que desistiram de comprar por falta de dinheiro e pelo fato de os preços altos estarem maiores, enquanto aqueles que consumiram optaram por produtos mais baratos. O estudo revela ainda que, para o segundo semestre, as percepções para as condições financeiras pioraram no País.
De acordo com a pesquisa, nos seis primeiros meses deste ano, aumentou a demanda por telefonia e eletroportáteis, cujos produtos estão mais baratos, em relação ao primeiro semestre de 2014, ao mesmo tempo em que diminuíram as compras de eletrodomésticos da linha marrom (televisores, DVD ou qualquer aparelho de imagem). A compra de produtos da linha branca, informática e eletrônicos (câmeras fotográficas digitais, vídeo-games e filmadoras) permaneceram no mesmo patamar no período. O volume de consumidores que não compraram nenhum desses produtos, por sua vez, diminuiu de 71% para 70%.
A principal justificativa apresentada pelos entrevistados para não terem comprado entre janeiro e julho deste ano foi a falta de dinheiro suficiente, apontada por 32% dos entrevistados. Em 2014, esse percentual era de 29%. A segunda explicação mais usada foi a alta dos preços: 28%, maior do que os 24% de igual período do ano passado. Também cresceu o número dos consumidores que não compraram porque estão endividados (de 6% para 7%). Já o total de brasileiros que declararam que não consumiram, pois pretendem poupar dinheiro, permaneceu em 6% no primeiro semestre de 2015 assim como no ano passado.
O levantamento também questionou os consumidores sobre as condições financeiras para o segundo semestre deste ano. Do total de entrevistados, 35% apontaram que a situação deve piorar em relação aos seis primeiros meses de 2015. Em 2014, esse percentual era de 11%. Também aumentou o percentual dos que consideram as condições "muito piores" (de 1% para 8%). Já os que avaliam a situação como igual (de 62% para 46%), melhor (de 23% para 10%) ou muito melhor (de 3% para 1%) diminuíram. As principais justificativas apontadas para não comprarem nesse período são falta de dinheiro e de necessidade e preço alto.
"O resultado é uma perspectiva de baixo consumo para o segundo semestre, que apesar de ser semelhante à de 2014, na qual a maioria não pretendia realizar compras, o principal motivo declarado é a falta de dinheiro, diferente do ano passado quando era a falta de necessidade", ressalta a Fiesp no relatório.
A pesquisa Pulso Brasil foi realizada pelo instituto Ipsos, a pedido da federação, entre os dias 15 e 31 de julho deste ano. De acordo com a federação, foram ouvidas 1,2 mil pessoas em todo o País.

Procon interdita cinco pontos de venda de revistas

O Procon Porto Alegre interditou ontem quatro pontos de venda de revistas da Editora Globo no Aeroporto Internacional Salgado Filho e um no supermercado Carrefour da Plínio Brasil Milano. A motivação do Procon municipal para a suspensão temporária das atividades da Editora Globo na cidade foi o crescente número de reclamações protocoladas no órgão.
Nos últimos meses, a Editora Globo ficou entre as 10 empresas mais reclamadas do ranking do Procon Porto Alegre. Foi constatado a prática de propaganda enganosa, vícios no consentimento do consumidor na aquisição de assinaturas de publicações da editora, renovações automáticas de assinatura e cobranças indevidas em cartões de crédito sem o consentimento do consumidor.
São revistas oferecidas como brindes em aeroportos, estações do metrô, supermercados e
shoppings centers. "A criatividade para vender assinatura de revistas da Editora Globo ultrapassou a boa fé", declara o diretor executivo do Procon Porto Alegre, Cauê Vieira. O Procon tem atendido semanalmente dezenas de consumidores que viraram assinantes de revistas sem saber.
Segundo o Procon, os consumidores são abordados por jovens que oferecem de cortesia revistas da editora para quem possui qualquer tipo de cartão de crédito. De posse dos dados do cartão, os vendedores lançam assinaturas de revistas em 10 ou 12 parcelas e somente quando os consumidores recebem a fatura percebem que foram enganados.
"Às vezes é oferecido uma espécie de contrato, com preenchimento incompleto e o passageiro do aeroporto, com pressa, acaba assinando sem saber que se trata de uma venda", salienta Vieira, que alerta: "Não caiam na história de brindes com revista de cortesia, principalmente não entreguem seu cartão de crédito a ninguém e protejam seus dados".

Dia das Crianças trará resultados positivos para o varejo, diz FCDL-RS

Brinquedos são os presentes mais procurados para a data

Brinquedos são os presentes mais procurados para a data


ANTONIO PAZ/JC
A celebração do Dia das Crianças no domingo, 12 de outubro, traz uma boa perspectiva para o comércio gaúcho. Essa é a expectativa da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS), que acredita no incremento das vendas de produtos voltados para os pequenos.
O presidente da entidade, Vitor Augusto Koch, aponta que um setor que tradicionalmente aufere bom resultado nas vendas relativas ao Dia das Crianças é o de brinquedos. E neste ano, com as famílias optando por presentes mais econômicos, não deverá ser diferente. "Mesmo vivendo um período de inflação em alta, com preços reajustados em vários itens básicos para a sobrevivência familiar, os pais fazem questão de presentear seus filhos pequenos nessa data tão especial. Acreditamos que, nesse ano, os brinquedos voltarão a ser os presentes mais procurados, até por representarem um custo mais acessível. Mas roupas e produtos eletrônicos também seguem sendo opções interessantes de lembranças para os pequeninos", aponta Koch.
Na relação com o mês de setembro, as vendas em outubro deverão se elevar em segmentos como artigos de uso pessoal, onde se incluem os brinquedos, em até 11%; vestuário e calçados ( 9%); produtos de informática e telecomunicações ( 6%); móveis ( 5%) e livros ( 4%), impulsionadas pelas compras do Dia das Crianças, estima a FCDL-RS. Koch lembra que os lojistas devem estar preparados para receber bem os pequenos clientes e seus pais.
"Nos dias de hoje, as crianças formam um grupo de consumidores extremamente exigente e que influenciam decisivamente na compra que os pais irão fazer. Então, o comerciante precisa recepcionar muito bem toda a família e mimar seus pequenos consumidores. Nossa sugestão é apostar em um ambiente que chame a atenção da criançada, e, se for possível, na oferta de guloseimas e brindes para elas", enfatiza o presidente.
A FCDL-RS faz algumas sugestões de presentes de acordo com a idade dos pequenos. Por exemplo, de 0 a 2 anos, os pais podem apostar em brinquedos de montar como blocos, muito coloridos e que proponham formatos diferentes. Já na faixa de 3 a 6 anos, a dica é a presentear com brinquedos lúdicos e de montar, como quebra-cabeças, por exemplo. Entre 7 e 9 anos, as exigências são maiores, a sugestão é presentear com óculos de sol, roupas, kits de maquiagem, bonecas que trocam de roupas e acessórios, carrinhos de controle remoto, jogos de tabuleiro e bicicletas maiores.
A partir dos 10 anos, as meninas já preferem ganhar joias e bijuterias, kit de maquiagem, vestidos, bolsas e perfumes, enquanto os meninos gostam de relógios e artigos esportivos como tênis, chuteiras e uniformes do clube de preferência.