Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

- Publicada em 06 de Outubro de 2015 às 19:59

Medo do desemprego é o maior desde 1999, diz CNI

Retração da economia afeta a sensação de conforto da população

Retração da economia afeta a sensação de conforto da população


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Diante da crise econômica e política pela qual o País passa, o brasileiro está mais temeroso em relação ao desemprego. O cenário afetou também a satisfação com a vida, que caiu ao menor nível histórico. Segundo pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Medo do Desemprego aumentou 1,7% em setembro, na comparação com junho, alcançando 105,9 pontos - esse é o maior nível alcançado desde setembro de 1999.
Diante da crise econômica e política pela qual o País passa, o brasileiro está mais temeroso em relação ao desemprego. O cenário afetou também a satisfação com a vida, que caiu ao menor nível histórico. Segundo pesquisa divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Medo do Desemprego aumentou 1,7% em setembro, na comparação com junho, alcançando 105,9 pontos - esse é o maior nível alcançado desde setembro de 1999.
De dezembro até o mês passado, o medo do desemprego cresceu 41,5%. Em relação a setembro do ano passado, o indicador aumentou 37,5%.
Na avaliação da CNI, a crise tem afetado a sensação de conforto da população. O Índice de Satisfação com a Vida caiu 1,8% em setembro, na comparação com junho, e está em 93,9 pontos, o menor nível histórico, desde que a CNI começou a fazer esse indicador, em março de 1999. "Isso indica que a atual crise econômica está afetando a população com maior intensidade que o verificado nas crises anteriores", informou a CNI no documento.
A entidade destacou ainda que quanto menor a renda familiar dos brasileiros, maior foi redução na sua satisfação com a vida na comparação entre setembro de 2014 e igual mês de 2015.
Enquanto entre os brasileiros com renda familiar de até um salário-mínimo o Índice de Satisfação com a Vida sofreu redução de 13,5%, para os brasileiros cuja renda familiar é superior a cinco salários-mínimos essa queda foi menor, apresentando recuo de 3,9%.
A pesquisa da CNI foi feita com 2.002 pessoas em 141 municípios entre 18 e 21 de setembro.

Deterioração do emprego deve perdurar nos próximos meses, mostra indicador da FGV

O Indicador Antecedente de Emprego (Iaemp) recuou 3,4% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, informou ontem a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com isso, o índice atingiu 62 pontos, o menor nível da série, iniciada em junho de 2008. Segundo a instituição, o resultado sinaliza que a tendência negativa para o nível de emprego nos próximos meses continua. "O Iaemp de setembro piorou em todas as dimensões captadas pelas sondagens, tanto da indústria e dos serviços como do lado do consumidor, indicando que a deterioração da economia é generalizada e, portanto, a piora do emprego deve perdurar nos próximos meses", avaliou o economista Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador da FGV, em nota oficial.
As maiores contribuições para a queda do Iaemp vieram dos indicadores que retratam a situação dos negócios para os próximos seis meses no setor de serviços (-5,6%) e a situação corrente das empresas do setor industrial (-4,1%).
O Iaemp é formado por uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor, todas apuradas pela Fundação Getulio Vargas. O objetivo é antecipar os rumos do mercado de trabalho no País.