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Economia

- Publicada em 06 de Outubro de 2015 às 21:49

Custo da cesta básica recua 0,55% em Porto Alegre

Excesso de chuvas encareceu em 14,58% a batata em setembro

Excesso de chuvas encareceu em 14,58% a batata em setembro


FREDY VIEIRA/JC
Adriana Lampert
Sete dos 13 produtos que compõem a cesta básica registraram queda em setembro, contribuindo para que o preço do conjunto de alimentos recuasse em 0,55% na Capital, em relação a agosto. As reduções mais significativas ocorreram no valor do tomate (-9,39%) e do leite (-2,61%), graças à maior oferta de ambos os produtos. Também ficou mais barato comprar farinha (-1,81%), café (-1,81%), arroz (-0,86%), carne (-0,45%) e óleo (-0,29%). "Foi uma trégua, já que, no mês passado, a cesta tinha subido 1,22%", destaca a economista do Dieese-RS Daniela Baréa Sandi.
Sete dos 13 produtos que compõem a cesta básica registraram queda em setembro, contribuindo para que o preço do conjunto de alimentos recuasse em 0,55% na Capital, em relação a agosto. As reduções mais significativas ocorreram no valor do tomate (-9,39%) e do leite (-2,61%), graças à maior oferta de ambos os produtos. Também ficou mais barato comprar farinha (-1,81%), café (-1,81%), arroz (-0,86%), carne (-0,45%) e óleo (-0,29%). "Foi uma trégua, já que, no mês passado, a cesta tinha subido 1,22%", destaca a economista do Dieese-RS Daniela Baréa Sandi.
Mesmo passando de R$ 387,83 para R$ 385,70, o custo dos produtos essenciais em Porto Alegre é atualmente o mais alto entre as 18 cidades pesquisadas pelo Dieese. Em setembro, o valor da cesta caiu em 13 capitais, sendo que as variações mais significativas ocorreram em Belém (-4,56%), Fortaleza (-3,88%) Recife (-3,50%) e Goiânia (-2,96%). Na contramão, foram registradas altas em Belo Horizonte (0,23%), Curitiba (0,44%), Rio de Janeiro (0,74%), Vitória (0,99%) e Florianópolis (2,77%).
A capital gaúcha manteve o posto alcançado em agosto de cesta básica mais cara do País devido à alta de seis produtos do conjunto de alimentos. "A batata, por exemplo, encareceu 14,58% devido ao excesso de chuvas, que tem prejudicado a oferta deste produto no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina", observa Daniela. No decorrer dos últimos 12 meses, a batata acumulou alta de 122,37% - a maior variação do período entre os preços dos 13 itens mensurados -, sendo que também a carne (24,72%), o tomate (17,22%), o café (13,30%) e o óleo de soja (12,46%) ajudaram a elevar o valor da cesta básica gaúcha em 17,72% no comparativo com setembro de 2014. Já no acumulado do ano, o preço do conjunto de gêneros alimentícios essenciais está 10,66% mais caro em Porto Alegre, novamente puxado pelo aumento da batata (28,52%), mas também da carne (16,11%) e do leite (14,83%), entre outros. "Embora tenha ocorrido esta trégua em setembro, os preços dos produtos continuam em patamares elevados", considera a economista do Diesse-RS. De acordo com Daniela, isso se dá porque alguns produtos ainda estão sendo pressionados pelo câmbio e pelo clima.
"Na medida em que o real se desvaloriza em relação ao dólar, aumentam as exportações de carne, soja e café e, consequentemente, diminui a oferta destes produtos no mercado interno", ressalta a economista. Por outro lado, o câmbio também encarece alguns produtos que são importados, como o trigo, refletindo, neste caso, nos preços da farinha e do pão. No caso do tomate, as variações climáticas são o principal motivo da volatividade apresentada nas variações de preço.
Ainda de acordo com o levantamento do Dieese, em setembro, o salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.240,27, ou 4,11 vezes mais que o vigente, de R$ 788,00. Em setembro do ano passado, o valor necessário para atender às despesas de uma família era de R$ 2.862,73, ou 3,95 vezes o salário-mínimo em vigor na época (R$ 724,00).
"Mesmo que ainda esteja muito aquém do ideal, melhorou muito o poder de renda dos trabalhadores nos últimos anos", pondera Daniela. Ela destaca que, em julho de 1994, quando foi implementado o Plano Real, a cesta básica era mais cara (custava R$ 70,80) que o salário-mínimo (que era R$ 64,79). "Na época, se precisava de 1,2 salários (comprometendo 118% da renda do trabalhador) para se adquirir os gêneros alimentícios básicos, hoje o valor da cesta compromete 53% do mínimo", compara a economista.
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