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Aviação

- Publicada em 05 de Outubro de 2015 às 22:28

Passo Fundo lamenta o fim de voo da Azul

Segundo dados da Acisa, os dois voos diretos entre a cidade e Porto Alegre tinham 85% de ocupação

Segundo dados da Acisa, os dois voos diretos entre a cidade e Porto Alegre tinham 85% de ocupação


JULIA MACHADO/DIVULGAÇÃO/JC
Quando suspendeu os voos diretos entre Passo Fundo e Porto Alegre, em fevereiro, a Azul Linhas Aéreas anunciou, como contrapartida, que substituiria a linha por outra ligando o município a Curitiba. A rota, porém, não completou um ano e também já está em processo de cancelamento, segundo adiantou o presidente da companhia, Antonoaldo Neves, em entrevista publicada ontem no caderno Empresas & Negócios, do Jornal do Comércio.
Quando suspendeu os voos diretos entre Passo Fundo e Porto Alegre, em fevereiro, a Azul Linhas Aéreas anunciou, como contrapartida, que substituiria a linha por outra ligando o município a Curitiba. A rota, porém, não completou um ano e também já está em processo de cancelamento, segundo adiantou o presidente da companhia, Antonoaldo Neves, em entrevista publicada ontem no caderno Empresas & Negócios, do Jornal do Comércio.
O fim da linha deixará, a princípio, apenas Campinas como destino da Azul a partir do aeroporto Lauro Kortz, situação que causou reação na população da cidade.
"É profundamente lamentável o comportamento da Azul com a região de Passo Fundo", dispara o presidente da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agronegócio de Passo Fundo (Acisa), Marco Mattos. O dirigente afirma estranhar a justificativa dada pelo presidente da Azul, que liga o remanejamento ao retorno econômico das linhas. "Nos intriga, porque, pelos dados do aeroporto, os dois voos diários a Porto Alegre tinham 85% de ocupação, enquanto a companhia já havia afirmado que, para ser viável, precisaria de 70%. Se estava com excedente, por que retirar?", questiona Mattos.
Embora julgue o voo a Porto Alegre mais relevante pelo maior fluxo, Mattos critica o fim do voo a Curitiba por entender que a aviação é um dos facilitadores para o desenvolvimento da região como um todo, já que o aeroporto atende a várias outras cidades próximas.
O sentimento é o mesmo do prefeito, Luciano Azevedo (PSB), que afirma que "a decisão de rever os voos não nos agrada", embora reconheça que a decisão é das companhias. Segundo Azevedo, desde 2012, porém, o número de passageiros embarcados triplicou no municípios, de 50 mil/ano para 150 mil/ano.
"Queremos mais e estamos em permanente negociação para aumentar a oferta de voos, mas isso depende, além das áereas, também das melhorias do aeroporto, cuja verba aguarda o sinal verde do governo federal", prossegue Azevedo. O projeto de ampliação do terminal, já aprovado, é um dos primeiros da fila do Programa de Desenvolvimento da Aviação Regional (Pdar), que, embora oficializado por lei, ainda não foi regulamentado.
Segundo Mattos, da Acisa, outro dos pontos de possível entrave, a licença operacional, já recebeu a garantia de oficialização por parte da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam).
A licença é parte das atualizações do aeroporto, que passou do nível 3 para o nível 5, o que lhe permite receber aeronaves maiores. Sem o voo para Curitiba, porém, Passo Fundo operará com três voos diários para Campinas, pela companhia, e um voo diário para Guarulhos, pela Avianca.
De acordo com o prefeito, a Azul também lhe garantiu, há duas semanas, que fará o voo do município até Florianópolis entre dezembro e fevereiro, que Azevedo julga viável pelo fato de o litoral catarinense ser o principal destino de férias dos habitantes da região.
Por outro lado, Uruguaiana comemora o início das operações da Azul no município. O voo inaugural, que ligará a cidade a Porto Alegre, está marcado para o próximo dia 27. "Ter uma linha aérea é muito importante, pois estamos muito longe da Capital", argumenta o presidente da Associação Comercial e Industrial de Uruguaiana (Aciu), Luis Oscar Kessler, cuja entidade assumiu os custos de reforma da sala de embarque, sem uso desde que a NHT deixou de operar no aeroporto, em 2013.
Kessler liga a viabilidade da rota ao preço da passagem, já que a demanda existiria. A opinião é a mesma do prefeito, Luiz Augusto Fuhrmann Schneider (PSDB), que cita a existência de muitos órgãos federais e mesmo empresas ligados a atividades de fronteira, além da abertura do curso de Medicina na Unipampa, em 2016, como geradores de fluxo. "A viagem por terra hoje demora de 7 a 8 horas, o que inviabiliza até a presença de palestrantes para eventos, por exemplo", argumenta Schneider. "A criação da linha já é um grande passo, precisamos agora garantir a sua manutenção", finaliza Kessler, que aposta no sucesso da rota, que terá voos diários.

Aeronáutica reduz em até 100 metros altura de prédios em área de aeroportos

O limite de construção ao redor dos aeroportos de São Paulo será menor a partir do dia 15 deste mês. Para aumentar a segurança dos voos, uma portaria da Aeronáutica reduz em até 100 metros a altura de novas edificações na cidade e vai exigir adequações na Lei de Zoneamento, atualmente em discussão na Câmara Municipal de São Paulo. A norma, que busca padronizar os limites, será implementada em todos os aeródromos do País.
A Portaria nº 957 do Comando da Aeronáutica segue uma recomendação de segurança da Organização da Aviação Civil Internacional, da qual o Brasil é signatário. Com a mudança, em um raio de até 4 quilômetros no entorno dos aeroportos brasileiros (região conhecida como Área Horizontal Interna), o limite de altura para construção de obstáculos (prédios, antenas e torres) será de 45 metros a partir do nível da pista - o equivalente a um edifício de 15 andares.
A mudança atinge, em especial, o entorno de 32 aeroportos brasileiros, entre eles os de 14 capitais e alguns dos mais importantes do País, como Cumbica, Congonhas e Galeão.