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Política

- Publicada em 30 de Setembro de 2015 às 17:48

Movimento Negro quer construir projeto de ação no FSM de 2016

Ativista, Santos da Silva busca espaços dentro da edição local do FST

Ativista, Santos da Silva busca espaços dentro da edição local do FST


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Gilberto Freire, Mário de Andrade, Milton Santos, Darcy Ribeiro e Vinicius de Moraes são alguns dos intelectuais e artistas que estudaram a contribuição da matriz africana à cultura brasileira seja na academia, na música, na literatura etc. Mas, apesar do reconhecimento da influência cultural, a inclusão social do povo negro parece não ter sido contemplada com a mesma atenção.
Gilberto Freire, Mário de Andrade, Milton Santos, Darcy Ribeiro e Vinicius de Moraes são alguns dos intelectuais e artistas que estudaram a contribuição da matriz africana à cultura brasileira seja na academia, na música, na literatura etc. Mas, apesar do reconhecimento da influência cultural, a inclusão social do povo negro parece não ter sido contemplada com a mesma atenção.
Alguns dados do Censo de 2010 do IBGE ilustram essa situação: a renda mensal média dos negros era de R$ 834,00, o que corresponde a metade da dos brancos, que recebiam em média R$ 1.538,00 por mês; as taxas de analfabetismo entre a população negra e parda com mais de 15 anos era de 14,4% e 13% respectivamente, enquanto os analfabetos entre os brancos representavam 5,9%.
A discrepância entre a valorização da matriz cultural africana e o déficit de direitos civis foi um dos principais motivos para a criação do Movimento Negro no Fórum Social Temático (FST) de Porto Alegre composto por um conjunto de entidades que militam pelos direitos do povo de descendência africana, como as organizações nacionais União de Negros pela Igualdade e Movimento Negro Unificado. A mobilização busca espaços dentro da edição temática do Fórum Social Mundial, marcada para acontecer entre os dias 19 e 23 de janeiro de 2016.
Segundo o ativista José Antonio dos Santos da Silva, o objetivo da participação do povo negro no Fórum Social que completa 15 anos no ano que vem é mais que discutir os problemas sociais, mas também construir propostas para solucioná-los. O fórum vai ter programação em locais de Porto Alegre reconhecidos como redutos da população negra, como, por exemplo, o largo Zumbi dos Palmares.
"Pretendemos realizar três grandes atividades nas mesas de convergência (da edição do Fórum Social Temático de 2016) para discutir a intolerância religiosa, o racismo no Brasil e também um projeto de desenvolvimento para o povo negro, a ser apresentado para os governo a partir de 2016", projetou o militante.
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