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Repórter Brasília

- Publicada em 30 de Setembro de 2015 às 17:44

Xadrez ministerial

 LANÇAMENTO DA 30ª MOSTRATEC DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA.    NA FOTO: ALDO REBELO

LANÇAMENTO DA 30ª MOSTRATEC DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. NA FOTO: ALDO REBELO


JONATHAN HECKLER/JC
Para garantir a governabilidade, a presidente Dilma Rousseff (PT) está fazendo um imenso xadrez ministerial. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), deve voltar para o Ministério da Educação. No seu lugar, vai o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT). O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, do PCdoB, irá para a Defesa. O Ministério da Saúde deve ficar com Marcelo Castro (PMDB), um dos principais defensores do governo na Câmara e inimigo do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante a votação da reforma política.
Para garantir a governabilidade, a presidente Dilma Rousseff (PT) está fazendo um imenso xadrez ministerial. O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), deve voltar para o Ministério da Educação. No seu lugar, vai o atual ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT). O ministro da Ciência e Tecnologia, Aldo Rebelo, do PCdoB, irá para a Defesa. O Ministério da Saúde deve ficar com Marcelo Castro (PMDB), um dos principais defensores do governo na Câmara e inimigo do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), durante a votação da reforma política.
Isolar Cunha
Um dos principais objetivos do governo com a reforma ministerial é isolar o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, dentro do PMDB. Tanto que as negociações com o PMDB estão sendo feitas com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), e com o vice-presidente Michel Temer. Com isso, o Planalto pretende rachar o PMDB e isolar cada vez mais o grupo de Cunha. De acordo com alguns peemedebistas, já não tem maioria dentro do próprio partido. O Planalto também quer reforçar a parte aliada do PMDB para afastar a ameaça do impeachment. Ao isolar Cunha, pretende também desidratar a oposição.
Maioria custosa
Quem não está gostando da reforma ministerial é o próprio PT. "Para salvar o governo, vamos piorar o governo", disse o senador Jorge Viana (PT-AC). De acordo com um parlamentar petista, a perda do Ministério da Saúde e das três pastas sociais (Direitos Humanos, Igualdade Racial e Políticas para Mulheres, que devem se tornar um ministério só) irritou a bancada do PT. Agora, o Planalto está articulando para convencer os petistas de que esse é o custo da governabilidade.
Pauta-bomba de volta
Cunha, percebendo a piora de sua situação, mostra as armas. Ele marcou, nesta quarta-feira, sessão da Câmara no mesmo horário que a sessão do Congresso para apreciar os vetos. Cunha quer colocar o veto de Dilma ao financiamento empresarial de campanhas em votação o mais rápido possível. "Ele não tem limites. Não realizar essa sessão significa um custo econômico alto. Isso é parte da pauta-bomba", disse o deputado Henrique Fontana (PT-RS). O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que não manter os vetos significa "duas CPMFs" de custo.
Imagem ruim
"Está passando uma imagem de fisiologismo do meu partido que eu não gostaria de ter, parece que meu partido tem que ter mais ministérios para poder ter qualquer tipo de força no processo. Aqueles que defendem a governabilidade devem fazê-lo independentemente de cargos, e os que não defendem devem ter suas posições respeitadas", afirmou Cunha sobre a reforma ministerial.
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