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Política

- Publicada em 29 de Setembro de 2015 às 21:19

Pressionada pelo PMDB, Dilma sanciona reforma

Adiamento da publicação do decreto irritou parlamentares da base

Adiamento da publicação do decreto irritou parlamentares da base


LUIS MACEDO/CÂMARA DOS DEPUTADOS/JC
Sob pressão de partidos da base aliada, a presidente Dilma Rousseff (PT) publicou ontem, em edição extraordinária do "Diário Oficial da União", sanção ao projeto de lei da reforma política aprovado pela Câmara dos Deputados.
Sob pressão de partidos da base aliada, a presidente Dilma Rousseff (PT) publicou ontem, em edição extraordinária do "Diário Oficial da União", sanção ao projeto de lei da reforma política aprovado pela Câmara dos Deputados.
A petista vetou dois trechos da proposta: o que permitia o financiamento empresarial a campanhas eleitorais e o que previa que as urnas eletrônicas imprimissem o voto do eleitor, o que criaria um custo adicional de
R$ 1,8 bilhão à Justiça Eleitoral.
"A possibilidade de doações e contribuições por pessoas jurídicas a partidos políticos e campanhas eleitorais, que seriam regulamentadas por esses dispositivos, confrontaria a igualdade política e os princípios republicano e democrático, como decidiu o Supremo Tribunal Federal", justifica o texto.
Para evitar agravar a atual crise com o Congresso Nacional, a presidente decidiu sancionar regra que altera fidelidade partidária. Com a mudança, deputados federais só podem mudar de partido sem risco de perder o mandato no sétimo mês anterior às eleições, ou seja, a próxima janela do troca-troca só se abrirá em março de 2016.
O presidente nacional do PSD, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, havia pedido ao governo federal que vetasse a proposta. A mudança afeta os planos políticos do ministro, que tenta recriar o Partido Liberal, sigla que tem como objetivo ajudar na formação de um bloco governista que rivalize com o PMDB.
O adiamento da publicação do decreto presidencial, que seria inicialmente divulgado na sexta-feira passada, irritou partidos da base aliada como PMDB, PR e PP, que ameaçaram derrubar os vetos presidenciais na sessão de hoje do Congresso Nacional.
A manobra teria como objetivo permitir que o Partido Liberal, de Kassab, fosse autorizado pelo Tribunal Superior Eleitoral e se beneficiasse de uma janela partidária aberta antes que a sanção presidencial fosse publicada.
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