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- Publicada em 29 de Setembro de 2015 às 22:43

Maioria dos médicos volta a atender no Postão da Cruzeiro

Pleito da secretaria é que a BM esteja no local de forma permanente

Pleito da secretaria é que a BM esteja no local de forma permanente


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Suzy Scarton
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) realizará hoje uma vistoria no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (Pacs), reaberto na segunda-feira. O conselho também vai analisar o pedido de interdição ética do local, que fica na zona Sul de Porto Alegre, formalizado pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). As medidas estão sendo tomadas devido a um episódio de violência, que resultou em uma morte e sete feridos, além da queima de um ônibus, na noite de sexta-feira. Depois disso, o Postão ficou fechado durante todo o fim de semana.
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) realizará hoje uma vistoria no Pronto Atendimento Cruzeiro do Sul (Pacs), reaberto na segunda-feira. O conselho também vai analisar o pedido de interdição ética do local, que fica na zona Sul de Porto Alegre, formalizado pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). As medidas estão sendo tomadas devido a um episódio de violência, que resultou em uma morte e sete feridos, além da queima de um ônibus, na noite de sexta-feira. Depois disso, o Postão ficou fechado durante todo o fim de semana.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), ontem, dos 12 médicos escalados para trabalhar na unidade, oito compareceram - três clínicos gerais, dois pediatras, dois traumatologistas e um cirurgião. Na segunda-feira, apenas três foram ao Postão, e a prefeitura teve de realocar mais dois profissionais do Hospital Vila Nova para auxiliar no atendimento aos pacientes. Mesmo com algumas restrições, a SMS considera que o posto já voltou à normalidade. Até o meio da tarde, foram realizados 222 atendimentos, metade da média normal. Técnicos e auxiliares de enfermagem cumpriram o expediente, tanto na segunda-feira como ontem.
O presidente do Conselho Regional de Enfermagem do RioGrande do Sul (Coren-RS), Daniel Menezes de Souza, emitiu nota para insistir que o prefeito José Fortunati e o governo do Estado tomem as providências necessárias para garantir o trabalho da equipe de enfermagem do Postão. "Ressaltamos que, além da segurança física, competência do Estado, tanto para profissionais como para a população, também devem ser disponibilizados todos os recursos humanos necessários para o pleno funcionamento de uma unidade de urgência e emergência", declarou.
Na segunda-feira, 150 brigadianos do Batalhão de Operações Especiais (BOE) foram deslocados para a área. Segundo a SMS, o policiamento permanecerá por tempo indeterminado na Vila Cruzeiro, inclusive patrulhando a região.
Conforme a secretaria, o pleito do município é para que uma equipe da Brigada Militar seja mantida lá, de maneira fixa, mas ainda não houve uma definição. A Guarda Municipal mantém uma equipe no Postão em tempo integral. Os servidores temem que, com o tempo, a sensação de insegurança volte a dominar, mas o secretário estadual de Segurança, Wantuir Jacini, garantiu que o policiamento será mantido "enquanto for necessário".
A vice-presidente do Simers, Maria Rita de Assis Brasil, se mostra cética quanto à promessa do Estado. "Sabemos como as coisas são. Ontem (na segunda-feira), a Brigada Militar fez aquela ação espetaculosa, mas sabemos que isso não vai durar, que estava lá por resposta a uma ação nossa, pois entramos com um pedido de liminar para impedir a reabertura do hospital e foi decidido que ele poderia reabrir, desde que houvesse policiamento da BM. A Guarda Municipal não dá conta", enfatizou.
Por enquanto, a orientação do Simers é de que os médicos mantenham o atendimento, mas aguardem o resultado da fiscalização do Cremers. "Já recebemos denúncias outras vezes e o local já havia sido interditado por falta de condições de trabalho", explicou Maria Rita.
Quanto às críticas ao Simers - de que orientou os médicos a não trabalharem -, feitas por Fortunati em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, a vice-presidente do sindicato rebateu dizendo que "o prefeito não quer que os médicos deixem de trabalhar, mas reconhece a insegurança que existe, pois ele mesmo pediu a intervenção da Força Nacional de Segurança". 
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