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Geral

- Publicada em 27 de Setembro de 2015 às 22:12

Em ofício, Sartori ordena desconto dos dias parados

Jessica Gustafson
A Secretaria Estadual de Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos enviou para todos os secretários do governo gaúcho um ofício circular determinando que os servidores que não se apresentaram ao serviço no período de 31 de agosto até 4 de setembro, período de paralisação por conta do parcelamento dos seus salários, fossem incluídos no campo "Greve" do sistema de frequência. A ordem, segundo informa o ofício, partiu do governador do Estado, José Ivo Sartori. A pasta confirmou que a inclusão significa o desconto destes dias da folha de pagamento. Sartori já havia afirmado que "presença seria presença, e falta seria falta".
A Secretaria Estadual de Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos enviou para todos os secretários do governo gaúcho um ofício circular determinando que os servidores que não se apresentaram ao serviço no período de 31 de agosto até 4 de setembro, período de paralisação por conta do parcelamento dos seus salários, fossem incluídos no campo "Greve" do sistema de frequência. A ordem, segundo informa o ofício, partiu do governador do Estado, José Ivo Sartori. A pasta confirmou que a inclusão significa o desconto destes dias da folha de pagamento. Sartori já havia afirmado que "presença seria presença, e falta seria falta".
No dia 17 de setembro, o Sindicato dos Técnicos-Científicos do Rio Grande do Sul (Sintergs) obteve liminar da Justiça garantindo que não ocorra o corte do ponto dos dias parados em relação aos servidores que são associados ao sindicato. Na decisão, o desembargador Francesco Conti determina a "abstenção de lançamento de faltas não justificadas e a correção do lançamento aos servidores que participam do movimento grevista".
Já o Cpers/Sindicato está tentando negociar com o secretário de Educação, Vieira da Cunha. Em encontro realizado na semana passada, a direção entregou um ofício solicitando que os educadores não sejam descontados nos dias de greves, paralisações e períodos reduzidos. O secretário responsabilizou-se em passar as reivindicações para o governador José Ivo Sartori e responder ao documento em uma reunião que está agendada para hoje. A presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, destacou que só ocorrerá recuperação das aulas se não tiver corte dos pontos. "Se houver descontos nos salários, não teremos recuperação das aulas e o fechamento do calendário escolar", declarou.
O presidente do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do Rio Grande do Sul (Ugeirm), Isaac Ortiz, disse que desconhecia a posição do governo, pois o sindicato ainda não havia recebido nenhuma notificação de corte. "Se o governo não pagar todos os dias, iremos cobrar todas as horas extras que ele nos deve", ressaltou.
O Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado do Rio Grande do Sul (Amapergs) já tinha conhecimento do ofício, mas acreditava se tratar de faltas justificadas. "Nós já ingressamos na Justiça com processo pedindo o direito de greve, mas a ação continua tramitando. O STF já deu parecer de que os salários não devem ser descontados", afirmou Jean Pierre da Silva Strauss, diretor de comunicação do sindicato.
Documento confirma medida anunciada pelo governador do Estado. REPRODUÇÃO/JC
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