Assim como ocorre com táxi, é possível contratar serviço de entrega pelo celular

Aplicativo facilita pedidos de motoboys


Assim como ocorre com táxi, é possível contratar serviço de entrega pelo celular

Inspirados nos aplicativos de trânsito como Uber, Easy Taxi e 99Taxis , os irmãos André e Eduardo Kautz, de 31 e 36 anos, respectivamente, e o amigo Marcos Knewitz, 33, pensaram numa solução para contratação de serviços de motoboy. Surgiu, assim, o Play Delivery, na Capital.
Inspirados nos aplicativos de trânsito como Uber, Easy Taxi e 99Taxis , os irmãos André e Eduardo Kautz, de 31 e 36 anos, respectivamente, e o amigo Marcos Knewitz, 33, pensaram numa solução para contratação de serviços de motoboy. Surgiu, assim, o Play Delivery, na Capital.
Criada há três meses, possui cerca de 200 profissionais cadastrados. Um dos focos é minimizar a desconfiança do cliente sobre o motoboy.
"Quando você é funcionário de algum lugar, é mais fácil chamar este serviço. Mas e a pessoa física? Como faz para solicitar um motoboy e se sentir segura ao mesmo tempo?", questiona Marcos. Ele alerta que a confiança do usuário é um dos pontos positivos do aplicativo.
Para o consumidor, basta baixar o app no celular ou tablet e fazer o pedido. Imediatamente os motoboys que estão nas proximidades do endereço identificam o alerta e entram em contato.
Por enquanto, o Play Delivery está disponível apenas na Capital, mas a ideia é que seja expandido a outras cidades. 
No app, é possível discriminar o tamanho da entrega, calcular o valor que o serviço completo irá custar e saber com antecedência o nome do profissional que irá atender. O motoboy tem a opção de rejeitar o pedido também. "Queremos oferecer o serviço para que o usuário tenha esta primeira experiência, depois ele decide se fica ou não", explica Marcos.
O projeto foi desenvolvido com o auxílio de uma empresa terceirizada, mas o conhecimento dos sócios na área da tecnologia da informação foi importante para baratear os custos do empreendimento. "Nosso investimento inicial foi de cerca de
R$ 100 mil, mas, se não soubéssemos nada de tecnologia, talvez ficasse bem mais caro", conta André, que é formado em TI.
Marcos também tem experiência no assunto. Ele participou da construção de aplicativos em outras empresas e alerta que o grande desafio para quem quer fazer algo diferente no ramo da tecnologia é manter os pés no chão. "O empreendedor acredita que vai fazer um aplicativo como Whatsapp ou Instagram e vai ficar milionário, não é bem assim que funciona. O aplicativo é só um canal, as pessoas têm de saber exatamente com o que estão trabalhando."

Motoboys aprovam o Play Delivery

Em três meses de funcionamento, o aplicativo está se popularizando entre os profissionais. "Já tem motoboy vivendo apenas do Play Delivery", conta André, entusiasmado.
Quem assina embaixo é o motoboy Luciano Pereira Cardoso, 45. Há cinco anos atuando na função, ele diz que a opção é boa para quem quer ter mais lucratividade.
"Consigo fazer uma graninha entre uma entrega e outra da empresa em que trabalho fixo, é ótimo. Eu gostei e acho que a ideia vai longe."
Polos industriais e cidades com um fluxo de trânsito mais intenso estão na lista do Play Delivery para o futuro. O serviço já é comum em São Paulo.
"Ainda tem muito preconceito com a profissão de motoboy. O aplicativo acaba ajudando a profissionalizar o serviço", destaca Marcos.