As famílias brasileiras estão mais endividadas e menos capazes de honrar seus compromissos financeiros. Com isso, a inadimplência subiu a 8,6% em setembro, o maior percentual desde junho de 2011, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O dado mede a proporção de famílias que têm contas em atraso e relatam não ter condições de quitar as dívidas. Em igual mês de 2014, essa fatia estava em 5,9%. “Apesar da moderação no crescimento do crédito, a alta do custo do crédito e o cenário menos favorável do mercado de trabalho exerceram impactos negativos nos indicadores de inadimplência”, diz a CNC.
Considerando as famílias que declaram apenas ter contas em atraso, a parcela chegou a 23,1%, superior a agosto (22,4%) e a setembro de 2014 (19,2%). O percentual de famílias endividadas, por sua vez, chegou a 63,5% entre os 18 mil consumidores entrevistados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). É o maior nível já registrado neste ano e, pela primeira vez em 2015, supera o patamar visto em igual período de 2014, quando 63,1% das famílias declararam ter dívidas.
Entre as famílias endividadas, 35% afirmaram que estão com a renda comprometida com dívidas por mais de um ano e 24,7% declararam que as dívidas são responsáveis por mais da metade de sua renda mensal.