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Mercado de Capitais

- Publicada em 29 de Setembro de 2015 às 20:20

Bovespa interrompe sequência de sete quedas e avança 0,40%

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JC
A Bovespa teve uma sessão de tímida recuperação ontem, ao fechar com pequena alta e baixo volume de negócios. Após sete quedas consecutivas, com as quais acumulou perda de 9,46%, o Ibovespa terminou o dia em 44.131 pontos, com valorização de 0,40%. O volume de negócios somou R$ 5,111 bilhões.
A Bovespa teve uma sessão de tímida recuperação ontem, ao fechar com pequena alta e baixo volume de negócios. Após sete quedas consecutivas, com as quais acumulou perda de 9,46%, o Ibovespa terminou o dia em 44.131 pontos, com valorização de 0,40%. O volume de negócios somou R$ 5,111
bilhões.
O mercado de ações operou em alta durante todo o dia, mas teve poucos momentos de maior entusiasmo. O cenário internacional mais tranquilo e a alta do petróleo foram fundamentais para determinar o sinal positivo no mercado brasileiro, puxado principalmente pelas ações da Petrobras. Os papéis da companhia estatal acompanharam de perto as cotações do petróleo e sustentaram alta expressiva durante todo o dia. Ao final dos negócios, Petrobras PN teve alta de 2,33% e Petrobras ON, de 2,35%.
No melhor momento do dia, o Ibovespa chegou a subir 1,31%, pela manhã, mas os números do Governo Central em agosto também garantiram uma puxada à tarde. Enquanto o mercado esperava um déficit entre
R$ 6,5 bilhões e R$ 19,5 bilhões, o Tesouro anunciou um resultado negativo de R$ 5,08 bilhões. O dado menos pior que o estimado incentivou a compra de ações, mas não o suficiente para sustentar os preços.
Segundo profissionais do mercado, os investidores ainda evitam ficar comprando ações em um ambiente de muitas indefinições no cenário interno e externo. Com isso, os negócios continuam bastante concentrados em operações de curtíssimo prazo, nas quais os investidores compram e vendem ações no mesmo dia, colhendo pequenos lucros.
Entre as ações que compõem o Ibovespa, as maiores altas foram de Cielo ON ( 4,87%), Smiles ON ( 4,61%) e CPFL Energia ON ( 3,39%). Já as quedas mais significativas foram lideradas por Gerdau PN (-3,40%), Gol PN (-3,11%) e Localiza ON (-3,03%). Com o resultado de hoje, a Bovespa acumula queda de 5,35% em setembro e de 11,75% no ano.

Dólar fecha em baixa de 0,42% em dia marcado pela volatilidade

Pela manhã, BC ofertou US$ 3 bilhões ao mercado por meio de um leilão de swap cambial e dois de linha

Pela manhã, BC ofertou US$ 3 bilhões ao mercado por meio de um leilão de swap cambial e dois de linha


KAREN BLEIER/AFP/JC
A volatilidade deu o tom dos negócios no mercado de câmbio ontem, influenciados por fatores técnicos, políticos e econômicos ao longo de todo o dia. Depois de oscilar entre a máxima de
R$ 4,15 ( 1,72%) e a mínima de
R$ 4,012 (-1,67%), o dólar à vista fechou em baixa de 0,42%, cotado a
R$ 4,063.
A moeda norte-americana dava sinais de que teria mais um dia de valorização frente ao real no período da manhã, uma vez que a alta prevalecia mesmo diante das intervenções do Banco Central. O BC ofertou US$ 3 bilhões ao mercado no início do dia, por meio de um leilão de swap cambial (equivalente à venda de dólares no mercado futuro) e dois leilões de linha (venda de moeda com compromisso de recompra).
Um dos motivos para a pressão sobre o dólar foi a disputa dos investidores pela ptax do dia (média das cotações de quatro coletas da primeira parte da sessão). Investidores comprados em dólar futuro puxaram as cotações para cima pela manhã, em um movimento que deverá ser retomado hoje, quando será definida a ptax de referência para a liquidação dos derivativos cambiais de outubro. Com a ptax definida, a moeda ficou mais livre para oscilar e passou a cair após as 13 horas, também em sintonia com a tendência de desvalorização no exterior.
A divulgação dos dados do Governo Central em agosto surpreendeu positivamente o mercado. A notícia, que já pegou dólar e juros em baixa, ajudou a consolidar a tendência nos negócios da tarde.
O cenário político, como há bastante tempo não se via, também trouxe influência positiva aos negócios. A notícia de que a presidente Dilma Rousseff ofereceu sete ministérios ao PMDB na reforma política alimenta as expectativas de recomposição da base de apoio do governo, restaurando a governabilidade da presidente. No entanto, a presidente só deve fazer qualquer anúncio após a sessão conjunta do Congresso que apreciará os seis vetos presidenciais ainda não analisados, inclusive o que barra o reajuste salarial de servidores do Judiciário. A estratégia busca evitar que parlamentares da base eventualmente descontentes com a reforma ministerial votem contra o governo na sessão de apreciação dos vetos.